sábado, 14 de maio de 2011
A Floresta Escura
Entre as árvores, um espírito vaga
Em busca de razões, em busca de sentido.
Na escuridão da noite sem lua,
Apenas o som de um coração partido.
Nem o vento se pronuncia.
Nem as estrelas ousam brilhar.
Dentro da floresta da alma que espera
Pelas mãos que a vem libertar.
Seu rastro de força e de fé
Agora tão apagado quanto seu olhar,
Já não parece inspirar poetas,
Já não tem mais a quem importar.
Floresta escura, negra tenda da morte.
Passagem da luz que irradiava,
E de tão rápida não percebia,
Que a escuridão já a esperava.
Bate o coração que sobrevive;
Ecoa nas encostas das nascentes.
Percorre o labirinto entre as árvores
Arranca segredos sobreviventes.
Ele se apega às chamas que o queimam
Porque nelas vive sua liberdade.
Enquanto ardem e o consomem,
O permitem sentir o calor da verdade.
Até que o frio lhe arrebate a vida,
E a escuridão dissipe sua esperança,
No meio da floresta escura
Permanecerá um coração de criança
As árvores conhecem toda história
Feita de fogo, terra e paixão,
Feita de água, ar e emoção.
A noite nunca termina na floresta escura
Nas amarras da razão de existir
Permanece o mesmo coração.
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Um comentário:
è a floresta que estou preso nesse instante.
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