SÓ É LIVRE O CORAÇÃO QUE ESTÁ PRESO A UM AMOR

"Pensamentos"

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Somos...

Poeira que o vento leva
Nuvem que se dissipa
Caminhamos por caminhos que nós mesmos abrimos
Cremos no que nós mesmos construímos...
















De tanto pensar, entramos em ciclos de pensamento
Padrões de raciocínio cíclico e intermináveis teorias
Se pelo menos pudéssemos ver com os olhos da consciência
E por um instante minimizar a rotineira voz da mente
Ver, por um momento a vida, com os olhos de um anjo
Acreditar no que é e no que será, com a força de uma criança...
















De tanto ler, pensamos saber a verdade...
De tanto falar, pensamos dominá-la...

Será mesmo que conhecemos de fato essa verdade?
Ignoramos o fato de que tantos e tantos bem intencionados,
Trilham o caminho do abismo?

A mente de tão inquieta
Julga, condena, absolve, argumenta, aceita ou rechaça o que quiser
Mas nunca experimentará o que é real
Pois nunca conheceu o que é real...
Apenas conhece a ilusão
E da ilusão se alimenta...















Se não ficar em silêncio e ouvir
O silêncio da consciência
A voz do ser eterno,
O suave ruído da alma...

A verdade clama por quem a ouça
No vento, nas ondas, nos riachos, na chuva
Nas folhas das árvores, nas asas de uma ave.
Nas chamas do fogo, na luz das estrelas...
Nas batidas do coração...
















Dura foi a caminhada até aqui
Tranformando de rocha em rocha,
De vegetal em vegetal,
De animal a humano...
E eis a luz que brilha sobre todos nós:
O amor.

Para os que desejam a luz
Para os que não se contentarão em observá-la, mas em sê-la.
Em se tornar luz...
Em união, possível pelo amor
Retornar ao absoluto, ao infinito, à essência divina.



















EdBj.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A liberdade

Voar... livre...


Sentir o vento frio...



Minhas asas eram grandes e fortes,


Meu coração cheio de sonhos.



Nas mais icríveis alturas voar...

Avistar o fim e o começo,

Ser livre, em um raio luminoso de paz,

Em um universo de sabedoria e benignidade.



Meus olhos estavam atentos


A todo movimento, a toda cor e toda forma.



No meio da escuridão fazer brilhar um rastro

De felicidade eterna que os homens ainda não conhecem

Porque de tanto medo de si mesmos,

Se esconderam, se perderam, se enganaram...



O meu caminho era um rumo certo,


E a verdade era minha luz.



Sobre a face das águas escuras fazia refletir minha imagem...

Sob o céu infinito via a sua face.

A certeza de ser e estar, de viver e saber o que a vida era.

Desafiando a ilusão do tempo e do espaço



A dor só existe,


Porque o sonho nunca acaba.



Voar... livre...

Onde os anjos se aventuram...

Onde a luz nunca se apaga...



Éramos sol e lua

Água e terra...

Isis e Osiris

Maria e José...

Éramos mistério e dádiva

A Arca e o Arcano...



Sonho... tão distante

Tão eterno...

Leva contigo

O meu amor

Em tuas mãos...

Até os céus,

Até o fim.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Humanos - A Totalidade

Somos humanos.
Somos portanto frágeis.
Sem o oxigênio, morremos.
Sem a água, morremos.
Sem o sol, morremos.
Sem a terra, e o que dela subsiste, morremos.
Totalmente dependentes dos quatro elementos para nossa existência física.

Somos humanos.
Somos portanto parte da Natureza.
Parte de um sistema onde não há existência individual.
As plantas, insetos, pássaros, peixes, mamíferos,
bactérias, fungos,
o frio, o calor, a chuva...
Somos itens de um sistema de interdependência gigantesca.
Somos pontos co-existindo com trilhões de outros pontos,
Interagindo e modificando todo o sistema a todo tempo.

Somos humanos.
Portanto volúveis.
Desejamos, odiamos, lutamos, fugimos, construimos, destruimos.
Tropeçamos em nossos próprios orgulhos.
Ou iluminamos nossos próprios caminhos com simplicidade.
E como desenvolvemos toda essa descoberta?
Interagindo com os outros. Visualizando nossas imagens em outras pessoas.
Em outras formas de vida.
Não saberíamos nada se cada um estivesse fechado em si mesmo.
Precisamos ver, cheirar, ouvir, tocar... sentir...

Somos humanos.
Portanto divinos.
Buscamos o conhecimento.
Desvendamos mistérios,
Encontramos novos mistérios.
Procuramos entender o maior de todos os mistérios.
E que na verdade é o único mistério...

Amamos.
Então sabemos porque estamos aqui.
E então temos um destino, um caminho central a seguir.
O caminho do equilíbrio, da via direta.
O mistério que a mente não pode processar,
O ego não pode sentir,
O dinheiro não pode pagar,
E o tempo não pode corroer.

Somos humanos.
Portanto somos mais do que pensamos ser.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A prisão de vidro

Ilusões...
Disfarces para nossas próprias incapacidades.
De ver, de sentir, de admitir o que vê e o que sente.
O fim, o começo, são pontos iguais de partida
São a raiz e a semente.

Prisões...
Em quais colocamos nossas esperanças.
Não podemos sair, pois as paredes são invisíveis.
Assim como a saída também não se pode ver
Com nossos olhos insensíveis.

Marcas...
De um passado distante demais,
De um futuro incerto demais...
Cicatrizes de guerras que não eram nossas,
Sonhos enormes que deixamos pra trás.

Certezas...
Certezas que ignoramos e deixamos partir
Não sei pra onde, não sei por que...
Certezas que se perdem a cada dia
Dias que se acabam sem saber

Medo...
Que nos conforta em uma acuada posição
Sem precisar levantar, sem querer mudar.
Medo de viver, medo de sentir...
Medo de ser, medo de amar

Liberdade...
Como alcançar se não encontrar primeiro a saída?
Como acreditar nessa existência incerta?
Por que permanecemos presos,
Enquanto a porta sempre esteve aberta?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011