E se o terremoto fosse na Líbia? E se a guerra fosse no Japão?

O mundo se compadece...
O mundo se revolta...
O ano do coelho começa...
Animal assustado, corre pela relva, esquivando seu corpo pelos arbustos.
Sente-se perseguido... o coração disparado
Não sabe ao certo se os tremores são terremotos... ou bombas...
Não sabe se foge de predadores, ou de si mesmo...

Quem pode causar mais mal?
Quem pode ferir com mais maldade?
Onde ficou, nesta corrida insana por sobrevivência, a essência da vida?
Mais uma guerra, complementa uma tragédia...

Muitos ajudam a salvar,
Muitos se oferecem para matar.
Quem está disposto a morrer?
Morrer pela paz, morrer pela vida?

E se por um único homem,
Cujo coração corrompido
Por dias de injusto castigo,
Tantos padecem hoje...
Não seríamos todos nós responsáveis,
Pela saúde de nossa Terra?
Não seríamos nós participantes desse planeta vivo,
Como células de um ser imenso, lindo...
Porém acuado, tenso, incerto...
E os donos da sabedoria, o que tem feito com suas posses?
E as vozes que tanto julgam, o que dirão agora a seus filhos?
Contarão mais uma vez suas versões heróicas,
Das antigas histórias de guerra?

A Natureza chora.
As mulheres choram.
As crianças choram.
Mais uma vez procuramos em volta uma resposta,
E a densa escuridão nos apresenta os frutos que temos semeado.

A mesma lição tem sido ensinada
Desde o início dos tempos...
Deveríamos ser humanos,
Mas continuamos animais.