SÓ É LIVRE O CORAÇÃO QUE ESTÁ PRESO A UM AMOR

"Pensamentos"

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Viva antes que você morra.

Talvez já não hajam mais assuntos para este blog.
Mas acho que esse texto abaixo traz em si uma certa luz para aqueles que a querem ver...

Segue trecho do livro "A Revolução dos Bruxos" de Jorge Sete, o Arauto:

...a maioria das pessoas atravessa a vida inconscientemente, seguindo as chamadas ondas, os modismos, os costumes, as tradições, etc. Perdem tempo com bobagens, recolhendo pedrinhas coloridas na areia, enquanto nossa preciosa vida se esvai.

Vivemos como se fossemos viver para sempre, deixando sempre para depois coisas realmente importantes, enquanto nos ocupamos com coisas insignificantes. Vou lhes contar um estória pessoal, na minha infância, meu avô vivia me dizendo; “- Quando eu me aposentar, nós vamos morar na beira do rio e vamos pescar juntos todos os dias.”. Ele sempre dizia isto, enquanto olhava o horizonte ao longe. Eu imaginava a casa onde moraríamos, como seria, enchendo-o de perguntas. E ele me respondia, dizendo isso ou àquilo sobre nossa futura vida de pescadores ribeirinhos. Enfim, três meses antes de se aposentar meu avô morreu e nós nunca pescamos...

Bem, apesar de parecer um pouco trágico, a maioria das pessoas leva sua vida exatamente assim, considerando que tem a eternidade para fazer as coisas. Para ver as flores, ouvir o canto dos pássaros, observar o nascer e o por do sol, ser mais cordial, para desculpar e perdoar, para passear e visitar certos lugares especiais para você, para escrever um livro, compor uma poesia, pintar, dançar, cantar, para amar, enfim, para se ocupar das coisas que realmente nos fazem humanos.

Infelizmente a maioria de nós vive a vida como robôs biológicos, achando que podem adiar indefinidamente algumas coisas que desejam. Vivem de qualquer jeito, sem dar atenção às pessoas e as coisas que fazem a vida valer a pena ser vivida, esquecendo que seus atos são irreversíveis.

Agem iguais àqueles atores de teatro canastrões que sobem no palco sem ensaiarem, cometem vários erros na peça, desrespeitando o público e ignorando a importância de toda a infra-estrutura do teatro colocada a sua disposição. Erram, tornam a errar, fazem de novo, até que são expulsos, ai, então, percebem o que perderam e lamentam-se de sua inconsciência e imaturidade. No nosso caso porém, no grande palco da vida, tal atitude é muito mais grave.

O conhecimento de nosso fim pendente e inevitável pode nos dar sobriedade e atitude na vida, evitando que nos percamos nos modismos, nas fantasias, no besteirol alienante que se converteu a vida moderna. Essa constatação nos ajuda a não mais perder tempo e nos ocuparmos com os assuntos que consideramos mais sérios.


É uma atitude infantil a crença de que, se não pensarmos a respeito da morte podemos nos proteger dela. Não pensar sobre a morte protege-nos apenas de nos preocuparmos a respeito. Mas, sem uma visão clara da morte, não colocamos nossa vida em perspectiva, não damos importância ao que realmente importa na vida, as coisas que realmente gostamos.
Para encerrar eu lhe pergunto, sinceramente, o que você faria se você descobrisse que vai morrer na sexta-feira? Responda a si mesmo essa pergunta e aja, ainda há tempo, aja! Viva antes que você morra!



No meio de tantas expectativas, de tantas promessas nas quais insistentemente mantemos a nossa atenção, novidades, idéias, planos, projetos, deixamos de lado o que realmente importa: AMAR.
Amar é a atitude que nos leva além, nos faz enxergar o sentido da vida, o exercício do carinho e do perdão, a ação de fazer ver o quanto aquela pessoa é verdadeiramente importante e merecedora de nossos sentimentos.
Todos somos divinos em nossa essência. É necessário que além de reconhecermos e aceitarmos isso, tratemos quem amamos com essa mesma consciência, e ainda, sejamos também tratados do mesmo modo.
Não haverá presidente, líder religioso, revolucionário idealista, professor, nem organizações, nem status social que possam substituir um amor verdadeiro. Esse amor, não vive no ego, não busca reconhecimentos, não desiste diante das adversidades ou condições. Esse amor vive na alma.
Buscamos descobrir o sentido da vida... mas o sentido já estava em nós o tempo todo...

Um comentário:

RSalamargo disse...

Caro Dragon, a nossa vida é tão preciosa e inestimável, que se nós nos déssemos conta disso, não a desperdiçaríamos com tantas coisas que são inúteis.

Sempre me impressiono com a capacidade do ser humano de alimentar o rancor, o ódio, a inveja e e outros sentimentos ruins no coração, quando poderíamos ser bem mais produtivos do que isso.

"Cada um faz sua vida de forma diferente / As vezes eu me pergunto: / Malditos ou inocentes?"

É isso.

Um abraço e até a próxima.